4 de novembro de 2014

O Imperador Adriano é condenado por tráfico de drogas pelo Ministério Público


Na tarde desta terça-feira (04), o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro denunciou o atacante Adriano, o Imperador, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Em julho de 2008, logo após voltar ao Brasil para defender o São Paulo, o craque deu de presente uma moto para o chefão do Morro da Chatuba, no Complexo da Penha, Paulo Rogério de Souza Paz, conhecido como Mica. Agora, o juiz da 29ª Vara Criminal é quem vai decidir se aceita a denúncia. Se isso acontecer, Adriano poderá ser condenado a até 15 anos de prisão.

A moto tipo modelo Hornet 600, foi comprada em uma loja no bairro de Vicente de Carvalho, na Zona Norte, por 35 000 reais. Na verdade, o jogador adquiriu duas: uma ficou com ele em São Paulo, e a outra foi colocada em nome de Marlene Pereira de Souza, uma senhora analfabeta, que jamais teve carteira de motorista, mas que era mãe do traficante.

Além de Adriano foram denunciados o próprio Mica e um amigo do jogador, Marcos José Oliveira. De acordo com a denúncia do promotor Alexandre Murilo Graça, foi Marcos que, "sob as ordens e de posse dos documentos pessoais e de um cartão de crédito do primeiro denunciado (Adriano Leite Ribeiro) foi até a empresa Motocar – Moto Carioca Ltda, localizada na Rua Intendente Magalhães, nº 739, em Vicente de Carvalho, local onde adquiriu duas motocicletas Honda, modelo CB600 (uma na cor preta e outra na cor vermelha, numa clara alusão ao clube de preferência do 1º denunciado)", descreve.

O uso frequente de motos por parte de criminosos é base para a denúncia feita pelo MP. "​Os traficantes necessitavam de veículos velozes, em especial motocicletas, pela agilidade no tráfego, que fossem legalizados e não levantassem suspeitas quando transitassem fora das comunidades dominadas pela organização criminosa. Nesse contexto, os denunciados e Paulo Rogério  entabularam a aquisição das motocicletas CB 600, sendo que estas não poderiam ser apreendidas, uma vez que proveniente de valores em tese recebidos de forma lícita pelo primeiro denunciado e com a documentação formalmente regular", descreve o promotor.

Os envolvidos também responderão por falsificação de documentos. O caso, denunciado em 2010 pelo jornal carioca O Dia, foi investigado pela 22ª DP (Penha). Lá, ela disse que emprestou alguns documentos mas não tinha ciência do negócio que estava sendo feito.