4 de novembro de 2014

José Dirceu é liberado para cumprir o restante da pena em casa


Na tarde desta terça-feira (04), o ex-chefe da Casa Civil da Presidência da República José Dirceu deixou a Vara de Execuções Penais, onde assinou o termo que o libera para cumprir prisão em regime aberto, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na última terça-feira (28). Dirceu chegou à vara por volta das 13h e não falou com a imprensa.

Condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, a partir de agora, Dirceu poderá cumprir o restante da pena inicial de sete anos e 11 meses em casa.

Ele ganhou o direito à progressão do regime semiaberto para o aberto no dia 20 de outubro, ao cumprir 11 meses e 14 dias de prisão, um sexto da pena, requisito exigido pela Lei de Execução Penal.

O ex-ministro, condenado como mentor do esquema de compra de parlamentares durante o primeiro mandato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, descontou 142 dias da pena por ter trabalhado durante o dia em escritório de advocacia de Brasília e estudado dentro do presídio. Dirceu foi preso no dia 15 de novembro do ano passado. 

Hoje pela manhã, José Dirceu deixou o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Brasília para comparecer à VEP. A saída  foi marcada por tumulto e empurra-empurra causados por desentendimento entre seguranças do ex-ministro e um repórter do programa Pânico na TV, da Rede Bandeirantes.

Na saída do Centro, Dirceu avistou a equipe de reportagem e exclamou ainda do lado de dentro do complexo: "Vocês não têm vergonha na cara?". percebendo que os repórteres não iam embora, o ex-ministro cruzou o portão cercado por dois seguranças que tentavam impedir o repórter do Pânico na TV de entregar um maço de dinheiro ao petista. Como chovia, os seguranças tentavam proteger Dirceu com seus guarda-chuvas. Dirceu embarcou numa caminhonete no horário que costuma sair para trabalhar.

O ex-tesoureiro Jacinto Lamas e o ex-deputado federal Bispo Rodrigues, outros condenados do Mensalão, também já cumprem a pena em casa. Já o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto aguarda autorização do STF para ter o mesmo benefício.