14 de novembro de 2014

Idosos são feitos reféns durante três horas em um abrigo no bairro de Lagoa Nova

Rua de abrigo de idosos foi cercada pela Polícia Militar em Natal (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)


Na noite desta sexta-feira (14), idosos viveram uma noite de terror. Os idosos foram mantidos por três horas e meia como reféns, mais de 20 pessoas foram liberadas em segurança de um abrigo de idosos no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal. 

Um dos suspeitos se entregou logo, mas o outro suspeito do crime se entregou após negociar com policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e Batalhão de Choque (BPChoque).

A proprietária do abrigo, que preferiu não se identificar, informou que mais de 20 pessoas foram feitas reféns. Eram 18 idosos, familiares e uma funcionária. "Uma das técnicas de enfermagem estava chegando para trabalhar quando foi abordada pelos homens, que obrigaram ela a abrir o portão. Outra funcionária conseguiu falar com pessoas que estavam do lado de fora e a polícia foi chamada", conta a proprietária do abrigo.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo Silva, informou ao G1 que o homem chegou a atirar contra os policiais militares e exigir um carro para fugir com um refém, mas acabou se entregando. "Estava armado com um revólver calibre 38 e chegou a atirar quando os policiais tentaram entrar no abrigo. Depois que tudo ficou mais calmo, a negociação continuou e ele decidiu se entregar. Todo mundo saiu em segurança. Sem feridos", afirma.

De acordo com o coronel Araújo, o outro suspeito do crime foi preso mais cedo, quando os policiais chegaram ao local da ocorrência. "O aparato policial chegou e algumas pessoas saíram do abrigo. O suspeito tentou se misturar e dizia aos policiais que era familiar dos idosos. O pessoal ficou desconfiado e uma das testemunhas disse que se tratava de um dos suspeitos", relata.

A rua Assad Salha, no bairro de Lagoa Nova, foi cercada pela Polícia Militar durante as negociações. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no local por precaução.

G1