2 de setembro de 2014

Ainda em greve, presos reivindicam má alimentação, torturas e exoneração de diretor do Presídio

Foto: Sérgio Costa
Uma greve de fome iniciada desde ontem, nesta segunda-feira (1), presos fazem reivindicações e ficam sem tomar café da manhã, almoçar e jantar. Nisso foi feito uma pauta de reivindicações, onde questionam a má alimentação e relatos de torturas dentro das unidades. A carta tem sete tópicos e foi entregue a advogada Magda Martins.

“Em breve, todo o Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte estará iniciando uma greve de fome por tempo indeterminado, tendo como reivindicação a exoneração do diretor Osvaldo Júnior. Caso essa reivindicação não seja atendida, o que é uma rebelião pacífica pode se tornar em um caos no Sistema Prisional, o que não queremos que aconteça”, escreveram os presos.

Osvaldo Rossato Júnior é o diretor do Presídio Rogério Coutinho Madruga, também conhecido como Pavilhão 5 de Alcaçuz. Os presos alegam que estão sofrendo “degradação humana e maus tratos”, inclusive, com “conivência da administradora do Sistema Penitenciário, Dinorá Simas”.

Um dos tópicos onde os presos destacam; “Somo conscientes dos nossos erros e apenas queremos pagar nossas penas de forma digna e humana, como manda a LEP (Lei de Execuções Penais)”. Eles solicitam um dia da semana para visita intima e um dia para visita social, bem como falam em espancamentos e torturas sofridas pelos presos e constrangimentos sofridos pelos familiares durante revistas.

A greve de fome dos presos está acontecendo em várias unidades do Rio Grande do Norte, mais de 2 mil detentos estão envolvidos na greve.