30 de agosto de 2014

Coordenadores dizem que os gastos do avião de Eduardo Campos foi "doação"

Nesta sexta-feira (29), coordenadores da campanha da ex-senadora Marina Silva à Presidência da República afirmaram que o jato usado por Eduardo Campos e todos os outros gastos relacionados, como combustível e remuneração dos pilotos, foram "doados" pelos donos do avião e não serão ressarcidos.

"O proprietário cedeu tudo, piloto, hangar, combustível e pediu que, quando acabasse a campanha, fosse informado o número de horas de voo. Na segunda-feira, entregaremos o recibo [com os gastos]. Foi uma doação. O ressarcimento é, na verdade, a entrega do recibo", afirmou o presidente do comitê financeiro de Marina Silva, Márcio França.

O coordenador da campanha, Walter Feldman, confirmou que trata-se de uma doação. "Essa expressão 'ressarcimento' foi abandonada. Foi uma doação. E estamos acompanhando tudo. Na segunda-feira, daremos o recibo", disse.

Em entrevista ao Jornal Nacional na última quarta-feira (27), Marina Silva havia afirmado que os gastos com o uso do avião durante a campanha seriam "ressarcidos" pelo comitê financeiro de Eduardo Campos.

"Nós tínhamos uma informação de que era um empréstimo e que seria feito um ressarcimento no prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria Justiça Eleitoral, até o encerramento da campanha, e que esse ressarcimento seria feito pelo comitê financeiro do candidato", disse Marina ao telejornal da Rede Globo
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O jato Cessna, que transportava Eduardo Campos na campanha, teve o uso autorizado pelos empresários pernambucanos João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, segundo informou nesta terça o PSB. A aeronave, no entanto, está oficialmente registrada na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em nome da empresa AF Andrade. Nesta semana, o Jornal Nacional revelou que empresas fantasmas pagaram a empresa dona do avião.

G1